sexta-feira, 2 de julho de 2010

Vivêncial

Como de costume em todos os projetos, no sábado à noite, antes do momento de descontração dos participantes, realizamos um vivencial que busca trazer a partilha e a reflexão dos temas discutidos durante o dia.

Desta vez, optamos por recordar todo o momento de entrega de Jesus Cristo. Começamos pela ultima ceia, em que Jesus convida a cada discipulo, no caso cada líder, a realizar a comunhão, partilha "em memória de mim".

Com um video, refletimos todo sofrimento passado por Jesus na cruz, e terminamos com uma adoração seguida do reafirmação do nosso sim de cristãos. A dinâmica foi como no batismo, acendemos uma vela no cirio pascal como simbolo do nosso sim.

Texto utilizado no tema "Mística"

"A espiritualidade religiosa tem a ver com Deus, está claro.
Religião, de um modo ou outro, tem a ver com Deus. Nínguem pensa em religião sem pensar em Deus.
O problema, o desafio, é saber de que Deus se trata? Dependendo de que Deus, minha espiritualidade será uma ou outra.
Quer dizer que é possível ter Deus ou deuses diferentes? É possível, sim! E esse é o problema-raiz de nossa espiritualidade, de nossa religião, de nossa fé.
Vocês nunca pensaram que talvez o Deus em que acreditam não é bem o Deus de Jesus? Pode ser um Deus meio fora do Evangelho; pode até ser um ídolo...!
Se meu Deus é o deus do medo, não é o Deus de Jesus.
Se meu Deus é o Deus distante, nas nuvens, longe da vida humana e da humana história, não é o Deus de Jesus.
Se meu Deus é um Deus 'meu' (meu, para mim só, privado, sem compromisso social) não é o Deus de Jesus.
Se meu Deus é Deus somente para os católicos, para os cristãos, e não é o Deus de todos os humanos e de todos os povos, não é o Deus de Jesus.
Para viver a verdadeira espiritualidade cristã devemos, ante tudo, acreditar no Deus que Jesus mostrou com a sua vida, com a sua palavra, com a sua morte, com a sua Ressurreição. Acreditar n'Ele e viver pelo seu Espírito.
Jesus é o roto de Deus humanamente acessível. Seu jeito é o jeito de Deus. O que Deus quer é aquilo que Jesus quis e pelo que Ele lutou e morreu. 'Quem me vê, vê o meu Pai' (Jo 14, 9). Por Jesus sabemos quem, como é Deus!
O Deus daqueles que vão à missa e batizam os filhos... mas abusam dos operários ou das empregadas ou não se comprometem com a mudança da sociedade, é o Deus de Jesus?
Quando vocês não metem Deus no namoro, no trabalho, na festa, na política..., em que Deus estão acreditando?
Deus é Deus sempre e em tudo ou não é Deus, minha gente!!!"


(D. Pedro Casaldáliga)

História e missão da Pastoral da Juventude

“Uma terra onde tudo é mistério essa sim é a terra de Deus.”

O segundo tema ficou com o Luiz Fernando da diocese de Maringá - PR que trouxe com toda sua experiencia de pjoteiro a História e a Missão da PJ no Brasil.

Em grupos discutiram sobre o conceito dos seguintes temas: JESUS CRISTO, SOCIEDADE, ESPIRITUALIDADE E IGREJA. Depois realizaram o exercicio de Leitura Orante da Biblia, motivando e entenderem que a Mística que deve animar a leitura orante da bíblia: Ex3, 1-10.

Na partilha em plenária foi feito levantamento dos elementos da leitura:

- Personagens: Deus, Moisés, Povo, Egípcios.
- Elementos: Sarça, Rebanho, Sandálias, Chão sagrado, leite, mel, céu, terra, lugar melhor.
- Sentimentos: medo, curiosidade, “instrumento”, limitação, missão, clamor.

O segundo momento do tema tratou de "Mística".

O que é espiritualidade? Esta foi respondida com a dinâmica dos papéis e as 8 coisas que você não vive sem.

Espiritualidade realmente é aquilo que você realmente não vive sem é algo essencial para nós é a nossa essência. Não é só rezar.

Espiritualidade é a sua essência. "Você é sua espiritualidade" resume Luiz Fernando.

Vivemos hoje uma anemia espiritual.

Realidade Juvenil e Documento 85 CNBB

O primeiro tema discutido nesta ultima etapa do Passo a Passo, foi coordenado pelo Renato Munhoz que de maneira muito dinâmica, usando de audiovisual e discussão em grupo, trouxe o tema para ser construído em conjunto com todos.

O Documento 85 é resultado de ampla participação da juventude brasileira e das pessoas que acompanham a juventude no país. Fala da diversidade juvenil presente no Brasil, levando em conta a dimensão continental do país nas suas diferentes culturas.

Partindo da realidade da juventude, aponta alguns elementos do perfil jovem para indicar - à luz do magistério da Igreja - uma proposta consistente de seguimento a Jesus Cristo por meio de 8 linhas de ação. Oferece pistas de ação concretas para a inserção da juventude na igreja e transformação na sociedade.

Além disso, aponta um caminho a ser percorrido pela Igreja jovem, tendo em vista o horizonte de um "outro mundo possível”. Valorizando a riqueza da juventude como manifestação de Deus, reconhecendo que o rosto jovem é a manifestação revelada de Deus.

Divididos em grupos discutiram sobre “O que é ser jovem”. As respostas foram diversas:

“Ser Jovem é: Busca pela identidade, ter estilo próprio, ser critico. É uma caixa surpresa. É uma fase de transformação de conceitos, motivação da igreja, coragem e atitude, busca pelo espaço. É ser sonhador, indeciso, discriminador e descriminado (ser paradoxal)”.

O trabalho juvenil na Igreja deve estar atento á comunhão entre todos e esse equilíbrio precisa ser promovido com muita sensibilidade – Auto-realização.

Renato lembra o cuidado que é necessário ter com a centralidade das emoções, dentro e fora da religião. As pessoas, muitas vezes, esperam demais das coisas e do próximo, quando suas expectativas não são alcançadas caem em desespero.

Ele conclui “Enquanto jovens somos convidados da transformar a realidade cmo uma comunidade orgânica”.

Abertura da III Etapa do Passo a Passo

A abertura dessa vez foi em clima de oração. Juntos fomos relembrando como foi a criação e depois contemplamos a leitura de Gênisis 1. Convidados, cada um traduziu para um pedaço de argila o que mais lhe marca quando se fala em criação, e principalmente criação do proprio ser humano.

Falamos do chamado, recordamos como fomos chamado para o trabalho juvenil. A partir de depoimentos alguns partilharam como foi o processo.

Iniciamos mais uma etapa motivando os participantes a refletirem sobre a sua missão como jovem coordenador de grupo de jovens.